quinta-feira, 12 de abril de 2007

Diferenças entre os cereais mais utilizados na Panificação

O Trigo - O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea que é cultivada em todo mundo. Globalmente, é a segunda-maior cultura de cereais, a seguir ao milho; o terceiro é o arroz. O grão de trigo é um alimento básico usado para fazer farinha e, com esta, o pão, na alimentação dos animais domésticos e como um ingrediente na fabricação de cerveja. O trigo é plantado também estritamente como uma forragem para animais domésticos, como o feno. Pensa-se que o trigo foi primeiramente cultivado no Crescente Fértil, no Médio Oriente.

História
O trigo é originário da antiga
Mesopotâmia. Os atigos arqueólogos demonstraram que o cultivo do trigo é originário da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque. Há cerca de 8.000 anos atrás, uma mutação ou hibridização ocorreu, resultando em uma planta com sementes grandes, porém que não podiam espalhar-se pelo vento. Esta planta não poderia vingar como silvestre, porém, poderia produzir mais comida para os humanos e, de facto, ela teve maior sucesso que outras plantas com sementes mais pequenas e tornou-se o ancestral do trigo moderno.
O Milho - O milho é uma planta da família Gramineae e da espécie Zouge. Comumente, o termo se refere à sua árvore, um cereal de altas qualidades nutritivas. É extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal.
Acredita-se que seja uma planta de origem americana, já que aí era cultivada desde o período
pré-colombiano e desconhecida pela maioria dos europeus até a chegada destes à América. É um dos alimentos mais nutritivos que existem.
Tem alto potencial produtivo, e é bastante responsivo à tecnologia. Seu cultivo geralmente é mecanizado, se beneficiando muito de técnicas modernas de plantio e colheita. A produção mundial de milho chegou a 600 milhões de toneladas em
2004.
O milho é cultivado em diversas regiões do mundo. Os maiores produtores mundiais são os
Estados Unidos. No Brasil, que também é um grande produtor e exportador, São Paulo e Paraná são os estados líderes na sua produção.
Atualmente somente cerca de 5% de produção brasileira se destina ao consumo humano e, mesmo assim, de maneira indireta na composição de outros produtos. Isto se deve principalmente à falta de informação sobre o milho e à ausência de uma maior divulgação de suas qualidades nutricionais.


História
Tudo parece indicar que a cultura do milho tenha começado onde hoje se localizam o
México e a América Central, há milhares de anos. Mas há menção bíblica sobre uma espécie "miúda" de milho em Ezequiel 4:9, o que leva a crer que a planta possa ter surgido na Ásia. Seu nome, de origem indígena caribenha, significa "sustento da vida". Alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos, os Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo.
O milho era plantado por índios americanos em montes, usando um sistema complexo que variava a espécie plantada de acordo com o seu uso. Esse método foi substituído por plantações de uma única espécie.
Com as grandes navegações do
século XVI e o início do processo de colonização da América, a cultura do milho se expandiu para outras partes do mundo. Hoje é cultivado e consumido em todos os continentes e sua produção só perde para a do trigo e do arroz.
No
Brasil, o cultivo do milho vem desde antes da chegada dos europeus. Os índios, principalmente os guaranis, tinham o cereal como o principal ingrediente de sua dieta. Com a chegada dos portugueses, o consumo aumentou e novos produtos à base de milho foram incorporados aos hábitos alimentares dos brasileiros.
O plantio de milho na forma ancestral continua a praticar-se na
América do Sul, nomeadamente em regiões pouco desenvolvidas, no sistema conhecido no Brasil como de roças.
No final da
década de 1950, por causa de uma grande campanha em favor do trigo, o cereal perdeu espaço na mesa brasileira. Atualmente, embora o nível de consumo do milho no Brasil venha crescendo, ainda está longe de ser comparado a países como o México e aos da região do Caribe.

A Aveia - Cereal muito nutritivo, que possui cálcio, ferro, proteínas, além de vitaminas, carboidratos e fibras. A aveia está em evidência atualmente pelo alto poder benéfico da sua fibra solúvel, que está relacionada a um bom funcionamento intestinal, à diminuição na absorção de colesterol total e LDL-colesterol e manutenção de níveis adequados dos mesmos.
Existem estudos que dizem ainda que o consumo de aveia em diferentes quantidades está associado ao controle da
glicemia (açúcar no sangue), manutenção e diminuição do colesterol sangüíneo, controle da pressão arterial e regulador do trânsito intestinal, evitando a obstipação (intestino preso).
A fibra solúvel presente na aveia, a chamada β-glucana, é responsável por parte das vantagens do consumo da aveia, já que existe a vantagem nutricional deste alimento. As fibras solúveis retardam o esvaziamento gástrico, que tem como resultado uma maior saciedade. Elas, também, ao entrarem em contato com a água, formam géis que tornam o bolo fecal maior e mais viscoso e, com isso, ocorre uma menor absorção de substâncias presentes neste bolo, como glicose e colesterol, devido à uma menor ação de enzimas digestivas.
Em relação ao seu poder hipocolesterolemiante, estudos sugerem que a ação da β-glucana na diminuição do colesterol no sangue esteja ligada à absorção de ácidos biliares. Estes são excretados pelas fezes, diminuindo a absorção de colesterol ou pelos ácidos graxos de cadeia curta, produzidos pela ação das fibras presentes no cólon que inibem a síntese de colesterol no fígado.
Sendo assim, o consumo regular de aveia pode estar relacionado com a diminuição da formação de placas de gorduras, que causam doenças cardiovasculares.
O tipo de aveia que possui maior quantidade de β-glucanas é o farelo de aveia, seguindo dos flocos e farinha de aveia. Existem ainda outros alimentos que possuem β-glucanas, como soja cozida, feijão branco cozido, grão de bico cozido, brócolis, farinha de milho, manga e trigo para quibe.O consumo recomendado de fibras totais (entre as solúveis e insolúveis) é de 20 a 30 gramas por dia, o que comumente não é feito pela população em geral. Mas este objetivo pode ser alcançado com uma alimentação que dê preferência aos cereais integrais como aveia, frutas, verduras,
legumes, leguminosas.


O Centeio - O centeio (Secale cereale) é uma gramínea cultivada em grande escala para colheita de grãos e forragem. Tem parentesco com o trigo e a cevada. O grão de centeio é utilizado para fazer farinha, ração, cerveja, alguns tipos de whisky e grande parte das vodkas. O centeio é plantado, sozinho ou misturado, para forragem do gado ou para ser colhido como feno. É muito tolerante com a acidez do terreno e mais ambientado a condições de seca e frio do que o trigo, embora não seja tão tolerante com o frio quanto a cevada. Os indícios mais antigos do uso doméstico do centeio foram encontrados no sítio de Tel Abu Hureyra, no norte da Síria, no vale do Eufrates, datado do fim do Epipaleolítico.


Todas estas definições dos cereais foram tirados do site www.wikipedia.com

terça-feira, 10 de abril de 2007

Princípios Básicos para a iniciação de uma formação de Padaria

O que é uma padaria?
A padaria é o local onde se fabrica e comercializa pão, pastelaria e afins.

Qual é a importância da padaria no supermercado?
A padaria é importante num supermercado para o aumento das vendas totais da loja, para fidelizar os clientes, para ter uma boa margem, para a prestação de um bom serviço para com o cliente e também para se diferenciar da concorrência.

O que é o pão?
O pão é uma mistura, em proporção estudada de farinha, água, sal, levedura e melhorante, amassada convenientemente, fermentada e cozida num forno.

O que é necessário para prestação de um bom serviço ao cliente?
É necessário um atendimento simpático, disponível, de qualidade, com apresentação pessoal, com pão quente, com variedade, com frescura, com higiene e limpeza e com excelente livre serviço.

Livre Serviço
Atendimento Assistido
Organização/Limpeza
Simpatia
Preço/Validade/Identificação do Produto
Apresentação Pessoal
Variedade/Quantidade
Rapidez
Ingredientes
Confiança
Qualidade
Sortido
Variedade/Quantidade

Qualidade

Sortido

Controle de Qualidade (Produto Final).
Apresentação
Qualidade
Peso
Confiança

Encomendas e Circuito de Mercadoria
1) Escolher fornecedores e negociar;
2) Testar tecnicamente pelo formador e pelo Controle de Qualidade;
3) Comprar e armazenar.

Como efectuar os pedidos com responsabilidade na loja
Fazer o levantamento de toda a mercadoria em falta;
Pedir a quantidade mediante a rotação do artigo.

Quando a mercadoria chegar à loja é obrigatório conferir e arrumar no armazém da padaria, com as datas de validade ordenadas(mais antigo sempre mais à frente).

FIFO- É o artigo l°a entrar e o 1° a sair.
FEFO-É o artigo que tem a data de validade mais curta.




Manutenção e Limpeza
A limpeza regular das maquinas ajuda à manutenção dos equipamentos.
Limpeza diária: Mesas, maquinas, tendedeira, balanças, etc.
Limpeza semanal: Fornos, telas, estufa, câmara de frio, carros, arraião, etc.

Matérias-Primas
Farinha de trigo tipo 55 para pastelaria.
Farinha de trigo tipo 65 para panificação.
Farinha de centeio tipo 70 para panificação.
Farinha de trigo tipo 80 para panificação.
Farinha de centeio tipo 130 para panificação.
Farinha de trigo integral 150 para panificação.
Mix's - É um composto completo ou semi-completo. Só adicionar água e leveduras e/ou alguma percentagem de farinha. Exemplos de mix's: centeiomix, formix/easyforma/panovite enfarinhado 50%, satin cake noz, bolo duplo de chocolate, bolo de laranja, bolo de chocolate e avelã, bolo campestre, etc.
Melhorante
Gordura
Sal
Levedura
Açúcar
Ovos
Fruta
Margarina



Critérios de promoções.
1) Fazer vendas (ex. Pastel de Nata). Utiliza-se para aumentar o volume de
vendas.
2) Apostar na venda (ex. Pão de Alho). Acreditar que é possível vender, com um preço acessível.
3) Bolo Familiar (ex. Bolo Duplo de Chocolate). Utiliza-se para ganhar a margem de lucro.

Equipamentos

Forno de Lares

Forno Rotativo

Carros de forno

Arraião

Enfornadores (Pessiana, Tapete, Lona)

Câmara de Frio

Lava-Loiça

Estancador

Estufa ou Câmara de Fermentação

Amassadeira

Divisora de 20- Serve para dividir

Divisora de 30- Serve para dividir e enrolar

Formadora - Serve para formar a massa(ex-Bicas, Brasileiros, Cacetes, Regueifa, etc.)

Cilindro Sovador - Serve para Apertar as massas mais duras tornando-as mais macias(ex-Bicas e Regueifa).

Doseador de Água ou Stoppil.

Batedeira - Serve para fazer batidos e para amassar massas ate 5Kg.

Moinho - Serve para ralar o pão.

Tendedeira - É a mesa onde se trabalha com as massas.

Mesa de Pastelaria

Sortido
Artigos em Linha
Características: Ingredientes que compõem a receita, peso, artigo devidamente identificado, formato, validades e o preço.

Cumprir a receita garante: Boa qualidade, inexistência de falhas, rentabilidade, evita a quebra, facilidade de aprendizagem, confiança, aumento de vendas, uniformização e gestão de stock's.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Levedações

LEVEDAÇÕES



PARA DEIXAR OS FERMENTOS (ENZIMAS)


DAS LEVEDURAS,
DAS FARINHAS,
DOS MELHORANTES,
DOUTROS INGREDIENTES ESPECIAIS.

ACTUAREM,

É INDISPENSÁVEL PARA A MASSA FERMENTAR E LEVEDAR.


LEVEDAÇÃO INICIAL(APÓS ACABAR AMASSADURA)

VARIA DESDE:

* DUM DIA PARA O OUTRO NOS MÉTODOS:


- ISCO
- MISTO
- INDIRETO


* DE DUAS HORAS: NOS MÉTODOS:

- DIRECTO
- MISTO

DE 1/4 A 1/2 HORA: (COM MELHORANTES)
- VERDE

FAZ-SE:


NA BACIA OU ESTANCADOR
SOBRE A MESA
­
AO AMBIENTE
EM CÂMARA DE FERMENTAÇÃO





LEVEDAÇÕES DA MASSA

LEVEDAÇÃO INTERMÉDIA.(PARA QUE A MASSA POSSA SER FORMADA)

FAZ SE:

- SOBRE A MESA ENFARINHADA OU OLEADA

- ENTRE TABULEIROS OU SOBRE TELA

- EM SACOS OU PLACAS MOVENDO-SE EM "ALCATRUZ EM ARMÁRIOS DE LEVEDAÇÃO

LEVEDAÇÃO FINAL (PARA QUE A MASSA CRESÇA E POSSA SER COZIDA)


FAZ-SE:
- ENTRE TELAS EM TABULEIRO DE MADEIRA/PERSIANAS
- SOBRE TABULEIROS METALICOS/REDE;

- EM LATAS METALICAS SIMPLES/BE CONJUNTOS;

* LISOS
* PERFURADOS
* CANELADOS
* UNTADOS
* SELICONIZADO

PODE SER:


- NORMAL

- MUITO LENTA COM POUCA LEVEDURA

- RETARDADA COM FRIO HÚMIDO (2ºC/80%HÚMIDADE RELATIVA)
­
- BLOQUEADA POR:

CONGELAÇÃO (-25ºC)
SOBRECONGELAÇÃO (-45ºC)

Fases do fabrico/produção

Fases do fabrico/produção


Amassadura, mistura ou batido

* Receita
* Cálculo de Matérias Primas
* Pesagem de Matérias Primas
* Mistura de Melhorante na Farinha
* Correcção da temperatura da Água
* Início da amassadura
* Apreciação da massa, com a correcção da sua hidratação
* Acabar a amassadura
Controle do tempo da amassadura
Controle da temperatura da massa



Levedação Inicial e Descanso


· Na bacia da amassadeira
· No estancador
· Sobre a tendedeira



Pesagem e Divisão da Massa


· Manual ou Mecânica
· Cálculo do rendimento


Enrolar

· Maual ou Mecânica


Levedação Intermédia

· Em tabuleiro ou sobre a tela
· Na tendedeira
· Na Câmara de Fermentação
Tender

· Formar e arrumar


Levedação final

· Enfornar e cozer

Equipamento de uma Padaria Tradicional







EQUIPAMENTO PADARIA TRADICIONAL

Amassadeira - Que pode ser automática ou manual e de uma ou de duas velocidades. Ou ainda ter uma velocidade super rápida.

Balança - De pratos ou de relógio. Serve para dividir as massas em empelos ou em unidades e ainda uma decimal ou centesimal para a pesagém de farinhas no armazém.

Tendedeira - Que deve aço inoxidável onde se pesam e enrolam pães ou ainda para formar alguns tipos de pão e bolos.

Divisora Enrroladora – Serve para dividir e enrolar unidades até 70 gramas. ­

Divisora Hidraúlica - Esta divisora apenas divide e não enrola. As unidades podem ter um peso variável entre 100 e 500 gramas.

Formadora - Máquina de formar barras para pães de forma, baguetes, cacetinhos, regueifa, etc...

Refrigerador de Água - Aparelho para nos dar àgua à temperatura desejada entre 2 e 20ºC.

Stopil - Medidor e misturador de água. Este aparelho além de medir a temperatura da água da amassadura também faz a mistura das águas dando-nos a água à saída com a temperatura desejada.

Esquentador ou Termoacumulador - Este aparelho e necessário para que no tempo
frio e de baixas temperaturas possa haver água quente ou à temperatura desejada.

Cilindro Sovador - Máquina para preparar as massas duras e lamiaadas para a
confecção de regueifa ou pães arregueifados.

­Forno - O forno pode ser de lares paralelos ou sobrepostos ou ainda rotatlvo.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Fases da amassadura

1ª Desenfarinhar – Faz uma pré-mistura e desaparece a água livre. (2 a 5 minutos de amassadura).

2ª Ligar – A massa começa a ganhar consistência mas não tem extensibilidade. (5 a 10 minutos de amassadura).

3ª Alisar – A massa alisa a superfície e limpa a bacia. (10 a 15 minutos de amassaduta).

4ª Frizar – A massa faz gomos na superfície, solta-se da bacia e faz “véu”. (15 a 20 minutos de amassadura).

5ª Brilhante – A massa brilha e faz balões. (20 a 25 minutos de amassadura).

6ª Viscosa – A massa agarra a bacia e também ás maõs. (25 a 30 minutos).

7ª Correia – A massa faz cordões na superfície. (30 a 35 minutos).




Nota: Todas estas fases são possíveis, não querendo dizer que sejam utilizadas num processo de amassadura normal.

O que fazer / não fazer!


O que não deve fazer
Não utilizar o equipamento de prtecção individual e de trabalho (ex. Luvas para superfícies quentes).
Desligar o sistema de extracção de ar quando os fornos se encontrarem em funcionamento.
Abrir o forno de uma forma repentina e de uma só vez.
Não beber água.
Colocar uma máquina em funcionamento sem antes verificar se os sistemas de segurança se encontram a funcionar.
Distrair-se (com colegas ou clientes, etc.) quando manuseia máquinas/equipamentos.
Agir com desmazelo quando utiliza a máquina de embalar e os fornos.

O que deve fazer
Utilizar sempre o equipamento de protecção individual e de trabalho.
Ligar o sistema de extracção quando os fornos se encontrarem em funcionamento.
Abrir o forno de forma lenta e gradual.
Beber água de forma contínua com o objectivo de evitar e desidratação e a exposição a ambientes quentes.
Antes de iniciar o trabalho, verificar se as botoneiras de paragem de emergência e os sistemas de segurança das máquinas se enconram a funcionar correctamente.
Manter uma atitude de precaução e atenção quando manuseia máquinas/equipamentos.
Quando utilizar a máquina de embalar e os fornos deve agir com atenção e evitar o contacto com partes quentes.

Higiene e Segurança

Introdução

O trabalho executado em condições de Segurança e Saúde contribui, decisivamente para a redução da sinistralidade, das doenças profissionais e de outros factores de risco para a saúde dos trabalhadores.


Movimentação Manual de Cargas

A movimentação manual de cargas é uma das principais causas de acidentes de trabalho e de doenças que ocorrem no trabalho. Desta forma, devem-se cumprir as seguintes regras básicas:

Manter as costas direitas;

Afastar ligeiramente os pés;

Dobrar as pernas;

Aproximar a carga o mais
possível do corpo;

Utilizar a força das pernas para elevar/empurrar a carga;

Nunca pegar na carga com uma só mão;

Antes de pegar na carga, avaliar o peso. Solicitar ajuda de um colega, caso seja necessário;

Quando utilizar meios de transporte de cargas, e sempre que possível, optar por empurrar em vez de puxar;

A cargar a ser transportada nunca deve impedir a visão do caminho a percorrer.


Organização do Local de Trabalho

A organização do local de trabalho para além de dar uma boa imagem da Companhia pode evitar a ocorrência de acidentes de trabalho. Neste sentido, devem ser observadas as seguintes indicações:
Deve ser garantido que os caminhos de circulação, vias e saídas de emergência, assim como, extintores não se encontram obstruídos;

Verificar o estado de limpeza das mesas e utensílios de trabalho. Os utensílios com resíduos de gordura são um risco para a segurança dos operadores;

O pavimento dos locais de trabalho deve estar devidamente limpo, sem gorduras e quando molhado deverá ser sinalizado. A circulação em piso molhado deverá ser feita com cuidado para evitar quedas;

Os produtos de limpeza devem estar arrumados em locais próprios, devidamente sinalizados e identificados;
É proibido utilizar paletes, caixotes ou outros objectos (ex.porta-paletes) para a elevação de pessoas.



Segurança na Higienização do Local de Trabalho


Devido à existência de vários produtos químicos e de operações com risco, durante a higienização dos locais de trabalho, devem ser cumpridas as seguintes regras de Segurança:

Não passar os membros superiores (ex: mãos e braços) em superfícies cortantes, durante as operações de limpezallavagem, sem usar os equipamentos de protecção individual (ex.: luvas) e os materiais próprios para limpeza;

Em operações de manutenção (ex.: limpeza de máquinas/equipamentos, substituição de lâminas na serra de fita, etc.) as máquinas devem ser sempre desligadas da corrente eléctrica. Em caso de dúvida, nunca mexer nos componentes da máquina, pedir a ajuda do responsável de área;

Nunca efectuar as operações de limpeza, com produtos químicos, sem utilizar os devidos equipamentos de protecção individual (ex.: luvas, óculos, máscara, etc.);

Nunca esquecer a leitura dos rótulos, das instruções de segurança e de utilização dos produtos químicos.

Regras Gerais de Segurança


Retirar e guardar, no armário individual, anéis, relógios, pulseiras e fios. Esses adornos, representam um risco uma vez que, podem ser apanhados pelas máquinas e provocar graves lesões;

Os utensílios do tipo facas, cutelos, tesouras, x-actos e outros, devem estar sempre afiados, caso contrário, exigem um maior esforço no corte, constituindo uma de risco suplementar;

Utilizar os casacos de protecçãos, sempre que se desloque à arca frigorífica;

Verificar o estado geral do equipamento/máquinas e comunicar ao Responsável qualquer anomalia;

É proibida a ingestão de bebidas alcoólicas e o consumo drogas. No caso de estar a tomar medicação, deve comunicar ao Departamento Médico ou ao seu Responsável.






Riscos Associados



Cortes e golpes (ex: facas para corte no pão)

Contacto com superfícies quentes (ex.: queimadura em contacto com tabuleiros, fornos ou pão quente)

Queda de pessoas ao mesmo nível (ex.: piso escorregadio)

Entalamentos (ex.: portas da arcas frigorificas)

Biológicos (ex.: bactérias dos produtos alimentares)

Térmicos ( ex.: ambiente quente da área de trabalho).

Exposição a contaminantes químicos (ex: trabalhos com produtos químicos de limpeza e utilização da farinha).
Desrespeito dos princípios ergonómicos (ex.: movimentação dos tabuleiros de pão e durante o amassar a massa).

Regras de Conduta, Saúde e Regras de Prevenção

Regras de Conduta

Não espirrar, tossir sobre alimentos, embalagens e untensílios ou equipamentos que entrem em contacto directo com os alimentos;
Não comer e beber, não mascar pastilhas elásticas no local de trabalho;
Não fumar nos locais de manipulação/preparação e venda de alimentos;
Não usar anéis, pulseiras, brincos, fios, relógio ou piercings;
Não limpar as mãos ao venstuário protector (bata/avental).

Saúde


Se tiver feridas, cortes ou queimaduras nas mãos e/ou antebraços, deve protege-las com pensos impermeáveis, dedeiras e/ou luvas descartáveis; .

Em caso de ter contraído, ou suspeitar ter contraído uma doença transmissível, ou que apresente diarreia, febre, náuseas, vómitos, gripe, infecções ou inflamações, deve comunicá-lo ao seu superior hierárquico;

Se tiver qualquer problema de nariz, pele, garganta ou intestinos, deverá consultar o médico.


Regras de Prevenção

Todos os equipamentos e utensílios que contactem com os alimentos devem ser limpos após cada utilização, no final de cada período de trabalho e sempre que se justifique.

Deverá:

Lavar e desinfectar com eficiência e com regularidade conforme Plano de Higienização;

Utilizar os produtos de limpeza conscientemente, ou seja, apenas nas dosagens recomendadas e apenas nas superfícies para que estão indicados;

Ler atentamente os rótulos dos produtos de limpeza;

Arrumar todos os produtos e utensílios de limpeza em local próprio e exclusivo;

Limpar e manter limpo o local de trabalho;

Verificar sempre se os recipientes e utensílios estão devidamente limpos antes de oo utilizar;

Não utilizar o mesmo utensílio para manipular alimentos crus e alimentos cozidos;

Nunca utilizar qualquer utensílio ou superfície de corte em madeira;

Os resíduos alimentares e outros não devem ser acumulados em locais onde são manipulados alimentos;

Colocar o lixo nos recipientes destinados para esse fim, mantendo-os sempre fechados;

Manter as instalações em bom estado de conservação e higiene;

Conservar as áreas internas, evitando a acumulação de materiais e equipamentos fora de serviço, que possam constituir refúgio de pragas;

Deixar, no local de trabalho, apenas o que é essencial;

Se verificar a presença de pragas (baratas, ratos, etc.), ou sinais de infestações (escrementos, marcas de roedores, cheiros), informe o seu
superior;

As infestações devem ser combatidas por pessoal qualificado e especializado;
Não permitir a entrada e permanência de animais nas instalações.

Breve abordagem sobre boas práticas e higiene

Muitas são as doenças que podem ser transmitidas ao Homem através de alimentos contaminados, quando as práticas de higiene são negligênciadas ou até mesmo esquecidas e ignoradas.

A contaminação de alimentos pelos seus manipuladores, equipamentos ou utensílios, desrespeitando, por sua vez os mais elementares princípios de higiene têm sido, muitas vezes, causa frequente de intoxicações alimentares.

Assim, as boas práticas de higiene deverão ser um ponto de partida fundamental da segurança alimentar, abaixo apresentadamos um conjunto de normas sobre hábitos de higiene pessoal, apresentação, limpeza e saúde, por forma a minimizar ou mesmo evitar.

Higiene Pessoal

Todo o pessoal que contacta com géneros alimentícios, tem que manter um elevado nível de higiene:


Tomar banho diariamente;
Manter o cabelo limpo, curto ou apanhado;
Manter a barba e/ou bigode devidamente aparados;
Não usar perfumes nem after-shaves com cheiros intensos;
Manter as unhas curtas, limpas e sem verniz

A higiene pessoal constitui um ponto importante na educação sanitária dos manipuladores de alimentos.


Vestuário Protector

Antes de entrar ao serviço, deverá colocar a farda de trabalho;
Deverá manter o vestuário sempre limpo;
Deverá utilizar a farda exclusivamente no local de trabalho;
Deverá guardar o vestuário que não seja de uso exclusivo no trabalho, tal como casacos, camisolas, nos cacifos que se encontram nos vestiários;
Os objectos pessoais não deverão ser levados para o local de trabalho, mas sim guardados nos cacifos;
Deverá colocar a touca ou boné de forma a cobrir completamente o cabelo.



Lavagem das Mãos

As mãos são uma importante fonte de contaminação alimentar.


Lavar as mãos sempre:

Antes de iniciar qualquer tarefa e depois de terminar o trabalho;
Depois de utilizar as instalações sanitárias;
Depois de proteger um espirro ou tosse;
Depois de comer e fumar;
Depois de mexer no cabelo, olhos, boca, ouvidos ou nariz;
Depois de transportar o lixo;
Depois de manipular produtos de limpeza;
Depois de manipular alimentos crus;
Antes de manipular alimentos cozinhados;
Sempre que mudar de tarefas ou de alimentos.

Tecnologia dos Processos

Neste módulo é necessário fazer duas considerações muito importantes.
A primeira refere-se ao estudo da temperatura e a segunda ao processo fermentativo.
A temperatura de uma massa é o resultado directo da mistura das temperaturas dos seus ingredientes sob a influência do coeficiente do atrito mecânico da amassadeira e mais tarde pela temperatura ambiente.
O grande controlador dos processos fermentativos é o uso correcto das temperaturas. O seu perfeito conhecimento e domínio, permite ao panificador jogar com um facto fundamental, pois que poderá, práticamente, a seu belo prazer ou de acordo com as necessidades do momento, controlar a evolução das massas.
Sabor, aroma, aspecto e, principalmente, o rendimento, serão os grandes beneficiados com o controlo completo da temperatura das massas.
Os factores que influênciam a temperatura da massa são: temperatura da farinha, temperatura da água, ambiente e o coeficiente de atrito da amassadeira.

Para se fabricar o pão, é necessário o encadeamento de várias fases, bem distintas, que se processam logicamente.

1. PESAGEM DAS MATÉRIAS PRIMAS:

Sempre de acordo com o receituário para garantir rentabilidade e qualidade do produto.

2. AMASSADURA:

A amassadura é a operação que consiste em:


Por um lado, misturar os ingredientes: farinha, água de forma a que a farinha passe do estado em pó ao estado pastoso.
Por outro lado, misturar e encorporar o máximo de ar na massa.

A farinha tem de absorver uma certa quantidade de água. Esta quantidade exprime-se em percentagem ( % da quantidade de farinha ). O índice ou taxa de hidratação, significa o número de litros de água por 100kg de farinha.


3. ESTANCAGEM

É uma fase importante e imprescindível, no fabrico do pão, e tem como objectivo descansar a massa e deixar actuar as enzimas.

4. PESAGEM E DIVISÃO DE MASSA

Deve ser efectuado em pequenas porções e de acordo com o receituário.



5. LEVEDAÇÃO CONTROLADA


Para o panificador o fim a atingir com a fermentação é:
- Aumento do volume do pão
- Aquisição de um gosto e aroma agradáveis

A fermentação panar tem que ser compreendida e dirigida pelo panificador a fim de alcançar o equilíbrio entre o volume e gosto, que são as características indissociáveis de um pão bom e bonito.


6. ENFORNAMENTO

É a operação de colocar o pão em massa no forno. Ter atenção antes de proceder ao enfomamento de enfarinhar e dar os respectivos cortes de acordo com o receituário.


7. COZEDURA


Última fase e muito importante no fabrico do pão, pelo que as temperaturas e tempo recomendados em receitas devem ser respeitados. Uma má cozedura pode pôr em causa todo o trabalho efectuado anteriormente.



8. EMBALAMENTO

É a última operação antes do produto chegar ao consumidor, e, como tal, devem ser observados os seguintes pontos:

- Verificar se todo o produto tem qualidade para venda.
- O pão só deve ser embalado após 15 minutos da sua saída do forno.
- O manuseamento do pão só pode ser feito com protecção (luvas descartáveis).

Matérias-Primas

HIGIENE E SEGURANÇA


MATÉRIAS PRIMAS

As principais matérias primas utilizadas na panificação:

Farinhas

Agua

Levedura

Sal

Melhorante

Açúcar

Leite

Ovos

Gorduras

Frutas

FARINHA

Termo utilizado para designar o produto, que se obtém a partir da moagem do grão de trigo ou centeio, limpo e industrialmente puro. Este trabalho é feito pela industria moageira ou moagem.
Os cereais de onde se obtém o pão contém diferentes valores alimentares, já na constituição do grão entram em diferentes percentagens os seguintes constituintes: proteínas, gorduras, hidratos de carbono, sais minerais e água .
Tipos de farinha de trigo: 55, 65, 80 e 150 , sendo a primeira para pastelaria e as restantes para panificação; Farinha de centeio 70 e 130 para panificação.
A classificação das farinhas é feita a partir de teor de cinzas, matéria mineral, que existe por cada 100gr de farinha. Isto é quanto mais elevada for a extracção de farinha menor quantidade de casca contém.

ÁGUA

Na panificação podemos dividir a água em seis tipos diferentes, de acordo com a quantidade de sais minerais existentes: dura, mole, alcalina, destilada, água do mar e água da chuva. As últimas três devido a ausência de sais minerais são impróprias para a indústria da panificação.
Controlar a quantidade de água numa massa, de forma a que esta esteja sempre próxima do limite máximo é fazer uma panificação de alta qualidade, e consequentemente ter mais lucro.Medir a quantidade certa de agua de acordo com a receita e o tipo de farinha e o seu grau higroscópio deverá ser sempre a maior preocupação do panificador. Desta forma os equipamentos para medição da agua para sua temperatura deverão ser o mais exacto possível e os mais adaptados ao tipo de produtos fabricados.

LEVEDURA

A levedura é composta quimicamente por água, proteínas e glúcidos.
Como todos os seres vivos, a levedura, cresce, alimenta-se, respira e reproduz-se, entre a temperatura de 56º e 58 °C morre ou perde a sua acção.
A conservação da levedura deve ser feita á temperatura à volta dos 5° C num local nem muito seco nem muito húmido. Se a temperatura de conservação for mais elevada aconselhada actividade fermentativa da levedura diminui, e se atingir 25°C deteriora-se rapidamente.


SAL

O sal tem funções definidas e fundamentais na panificação, ao ponto de ser práticamente impossível fazer pão ao dar andamento natural a uma fermentação. No pão o sal faz resaltar ao nosso paladar o sabor característico bem como e cheiro de cada tipo de pão.


MELHORANTE

Os melhorantes são produtos que se utilizam para corrigir um defeito ou uma fraqueza da farinha.
Os melhorantes têm, como função, corrigir estes defeitos bem como:
1 - proporcionar uma boa oxidação;
2 - ajudar a controlar a fermentação;
3 - actuar como condicionador da massa;
4 - agir como alimento da levedura;
5 - ajudar a desenvolver bem o pão;
6 - fortificar o glúten , aumentando a absorção de água.

Todas estas funções não podem prejudicar as características fundamentais de um pão: volume, sabor e aroma.

AÇUCAR

Utilizado básicamente como alimento de levedura e como corante (carameliza com acção do calor, ficando com uma cor acastanhada ), alía, a estas duas funções, e, quando utilizado em doses elevadas, a qualidade de abrandador, tomando o produto de macio.
Em panificação utiliza-se o açúcar essencialmente para o fabrico de massa de brioche, croissant, pão de leite,etc. Na pastelaria o açúcar é a base que quase todos os produtos.

LEITE

O leite utiliza-se para fabricar diferentes tipos de pão e pastelaria, tais como:
pão de leite vianenses, croissant, brioches ,pão de hamburger, pão de forma, etc.
Quanto a armazenagem deve-se ter em conta, bem como as instruções na embalagem.

OVOS

É principalmente utilizado para o fabrico de vianenses, brioches , croissants, bem como para dourar (pintar).
Ao ser utilizado este ingrediente, em qualquer receita, deverá, ser sempre passado. A conservação dos ovos deve fazer-se sempre em local fresco e seco.


GORDURA

É essencialmente utilizado na panificação, por tomar o produto final mais saboroso, dar-lhe longevidade e melhor textura .

Módulo de Acolhimento de Padaria

INTRODUÇÃO

Ao iniciar-se um curso destinado a futuros profissionais de Panificação, é necessário um conhecimento da realidade em que irão aplicar os conhecimentos e a experiência adquiridas com esta acção.

Em primeiro lugar é preciso conhecer o que é o produto final, que se obtém a partir de uma gama variada de matérias primas e que utilização irá ter na sociedade ou consumidores.

A panificação não é uma arte, é uma ciência e como tal rege-se pelos princípios científicos de saber o como, o quê e o porquê de qualquer fenómeno, ou acontecimento. Isto é, existem regras e leis da ciência e da técnica que têm e devem ser aplicadas na panificação.

O panificador terá que dominar uma série de técnicas por um lado, e por outro terá que aplicar uma série de formas para produzir um produto agradável ou consumidor e rentável para a indústria.


O QUE É O PÃO?

o pão é uma mistura em proporção estudada de farinha, água, sal, melhorante e levedura, amassada convenientemente, fermentada e cozida num forno. Nesta definição poder-se-á, juntar todo o tipo de variações que existem nas diferentes qualidades de pão. A necessidade de facilitar a digestão e assimilação de farinhas foi feita de forma empírica quando o homen juntou água a farinha, amassou e cozinhou a massa obtida. Mais tarde, juntou sal a massa e finalmente a levedura, na sua forma primitiva de massa avinagrada, que adicionada a massa fresca, melhorava as condições da massa, produzindo um pão esponjoso de melhor gosto e de mais fácil digestão.
O pão têm sido, desde os tempos mais remotos, o principal alimento de todos os povos devido a sua riqueza em matérias nutritivas.

INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO EM PORTUGAL.

No nosso país, existiram e existem grandes diferenças entre o litoral e o interior e entre o norte e o sul. Assim no litoral e norte o aumento populacional trouxe o aparecimento de empresas modernas e técnicamente desenvolvidas enquanto no sul e no interior continuava a panificação em termos arretarias. Em muitas aldeias existem ainda hoje fornos comunitários a par duma pequena indústria familiar que aos poucos se vai modernizando quer em equipamento quer em conhecimentos. Com introdução de fermentos e mais tarde de levedura, tornou-se possível aumentar a rentabilidade da indústria o que levou a um novo tipo de hábitos alimentares na população. Surgem então as boutiques de pão quente e novos horários de trabalho.Os equipamentos e a tecnologia evoluem rápidamente. Novos equipamentos são testados e aprovados ao mesmo tempo que se estudam novas leveduras e melhorantes, para que o pão tenha a qualidade e o sabor desejado. O futuro da panificação nos grandes centros urbanos tende a evoluir em duas direcções uma que conduz á "boutique" loja de pão quente e outra que manterá ainda por algum tempo o horário de laboração actualmente existente.